Desfolhada

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quarta-feira, março 09, 2005

Ziguezagues

Perdi-me na montanha
onde os lírios não existem
as nuvens estão secas
e o lago azul, de tanto chorar
já secou

É assim que nada entendo
aos ziguezagues
pela auto-estrada de terra batida

No topo da montanha encontrei-me

descobri imperfeições
disparei em todas as direcções
certeira
certa de mim
do que sou
minh’alma não tem peso
nem medida

Estou a mais aqui
este frio debaixo da pele
incomoda-me
não vivo a tristeza e a mágoa
de quem sorri baixinho

Inquieta
olho-me no espelho envelhecida
temo a escuridão que se acendeu
preciso de mim
devagarinho

Nenhuma lágrima cairá sem razão
ouvi
o vento forte sou eu

20 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Embora esteja muito triste e sentido está muito bonito (eu não gosto de te ver triste) beijos do teu infante

11:32 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

um poema muito belo! subir ao alto da montanha e sentir a ventania, por vezes, doi, mas fortalece...

gostei muito! beijos

4:28 da tarde  
Blogger gato_escaldado said...

gostei mto do poema e do teu blog.

deixo-te convite para nos visitares em http://gato-na-paisagem.blogspot.com

4:31 da tarde  
Blogger wind said...

Bonito poema sobre o ziguezaguear da vida. bjs

7:41 da tarde  
Blogger Pecola said...

a vida é para ser levada a pouco e pouco..

9:10 da tarde  
Blogger Daniel Aladiah said...

Querida Betty
Consegues ver-te ao espelho para além da pele? Que encontras? Que precisas encontrar? O coração continua a ser uma rosa vermelha, à espera do dia para desbrochar... eu acredito nisso.
Um beijo
Daniel

9:22 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A cada lágrima equivale uma emoção, sentimento ou história! ;) beijoka

11:57 da tarde  
Blogger Andre_Ferreira said...

é a minha primeira visita a este blog, este poema é muito bonito, amanhã volto para ler com mais atenção.

1:31 da manhã  
Blogger Politikus said...

Belo o teu poema. Mas porquê tanta angustia!!!

2:49 da tarde  
Blogger lique said...

Não tenho dúvidas nenhumas de que o vento forte és tu! Há alturas da vida assim em que não entendemos nada e um estranho frio nos invade. Mas esse sacudir da cabeça e seguir em frente, eu conheço! Beijos

11:10 da tarde  
Blogger André L said...

Olá Betty, gostei mto deste poema. Gosto cada vez mais do teu blog. lindo mesmo. Bjokas

11:26 da tarde  
Blogger bertus said...

...regressei...e logo num dia em que os comments nos blogspot estão a dar para o torto. Mas isso não invalida que deixasse de te vir ler...porque gosto. Tem um óptimo fim de semana, beijinho e intés!!

11:54 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

E como vento forte que és, hás-de reencontrar-te na montanha :) Beijo grande :)

1:27 da manhã  
Blogger Estrela do mar said...

...muito bonito o que escreveste amiguinha...mas ...um pouco tristonho...ou será só impressão minha?...espero que seja...

Um beijinho* grande e boa semana.

6:23 da tarde  
Blogger BlueShell said...

Gosto de te ler...
Jinho, BShell

12:52 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

gostei :)

7:49 da tarde  
Blogger Monalisa said...

Apesar de não ter grande vocação para comentar ( ainda por cima poemas ) , gosto mesmo muito de te ler. O teu tipo de escrita é mesmo o género que me agrada. Beijo

9:09 da tarde  
Blogger Ana said...

Nos ziguezagues da vida, que sejas sempre tu o vento forte que sopra no topo da montanha.
Um beijo.

1:41 da manhã  
Blogger whitesatin said...

Bonito e triste também, e muito sentido e verdadeiro. I can understand what you're felling. Parece que passamos a vida a andar aos zigue-zagues, ao sabor do vento, não é? Bjs

9:17 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

é que a vida da gente é cheia de zigues-zagues..

te beijo

nefertari

9:15 da tarde  

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